O Chorinho
Desfeito em trapos
o meu recato,
os meus retratos,
meu desespero.
Meus desmazelos,
meus embaraços
se dão os braços
em vãos apelos.
A vida vai e se esvai e descansa,
espreita a esperança,
explode a descrença
destroi nossa ausência,
desfaz esse espaço
e nada mais que te esperar, eu faço.
Mas, a presença
de teu sorriso
se fez urgente,
se fez preciso.
Meu desalento,
desalojado,
se fez ao vento,
se pôs de lado.
A vida vai e se esvai e descansa,
espreita a esperança,
explode a descrença
destrói nossa ausência,
desfaz esse espaço
e nada mais que te esperar, eu faço.
Parceria com Jean Garfunkel
São Paulo, 1972